Como trabalhar em banco privado: conheça as carreiras e vagas

O setor bancário é conhecido por muitos como um mercado de trabalho que apresenta estabilidade e grandes possibilidades de crescimento profissional. Neste artigo, te contamos tudo sobre como trabalhar em branco privado: qual a formação necessária, quais as formas de seleção e contratação e dicas para se destacar.

Confira!

Qual a formação certa para quem quer trabalhar em banco privado?

The glass wall of the building with the inscription Bank

Se você acha que para trabalhar em banco privado sua única opção é se formar em  um curso como Administração, Ciências Econômicas ou Ciências Contábeis, saiba que a realidade não é exatamente essa. Afinal, um banco não se resume às operações financeiras e administrativas.

Por exemplo, a equipe jurídica é importantíssima para que um banco consiga colocar em prática todas as suas operações. O mesmo vale para as equipes da área tecnologia da comunicação (TI) que cuida de tudo relacionado ao digital. Já a equipe de comunicação mantém o público interno e externo bem informado sobre os produtos e serviços oferecidos por aquele banco. Não podemos esquecer também do trabalho importantíssimo feito pela equipe de secretariado executivo e, claro, os recursos humanos. Só para citar alguns.

O fato é que: trabalhando num banco, você vai sim encontrar diversos profissionais da área dos negócios; mas também encontrará profissionais formados em cursos que geralmente não são imediatamente associados ao trabalho em banco. É o caso das Engenharias: hoje em dia, bancos privados têm contratado profissionais da Engenharia em geral, sobretudo os recém-formados.

Sendo assim, profissionais que estão em formação ou já se formaram nas seguintes áreas podem construir uma carreira de sucesso em bancos privados:

  • Administração
  • Ciências Atuariais
  • Ciências Econômicas
  • Ciências Contábeis
  • Comunicação Social
  • Direito
  • Engenharias
  • Estatística
  • Física
  • Jornalismo
  • Matemática
  • Marketing
  • Publicidade e Propaganda
  • Recursos Humanos
  • Relações Públicas
  • Secretariado
  • Sistemas de Informação (e correlatos)

Há também vagas operacionais que podem ser ocupadas por profissionais das mais diversas áreas, sendo necessário ter um diploma superior em qualquer curso. Sendo assim, mesmo que você não tenha se formado num dos cursos que citamos, ainda assim é possível trabalhar em um banco privado.

Em ambos os casos, é importante se dedicar também às habilidades técnicas e comportamentais requeridas pelas empresas para cada vaga.

Como trabalhar em banco privado

Se candidate para vagas abertas

A principal maneira de trabalhar em banco privada é se candidatando a uma vaga aberta e fazendo o participando do processo seletivo. Ele geralmente consiste em uma etapa inicial de triagem e análise de currículos, seguida por uma série de entrevistas em grupo e/ou individuais com os candidatos.

Atualmente, a coleta de candidaturas e currículos para bancos privados é feita através de uma plataforma especializada em recrutamento, como é o caso da Guppy, que atende o Itaú e Nubank, e do Workday, que atende o Santander.

Então, comece já a pesquisar por vagas na área em que você deseja trabalhar e não deixe de se candidatar. Capriche no currículo e, se necessário, elabore uma carta de apresentação personalizada.

Adquira experiência como jovem aprendiz

Neste artigo, falamos bastante sobre a formação ideal para quem quer trabalhar em banco privado. No entanto, isso não significa que esse tipo de instituição não acolhe profissionais que estão tendo suas primeiras experiências de trabalho.

O Programa Jovem Aprendiz (Lei Federal nº 10.097) foi criado em 2000 com a proposta de auxiliar jovens a se desenvolverem profissionalmente. Seu objetivo é estimular a geração de empregos entre a população mais jovem do país tanto em empresas privadas como públicas. Por isso, a lei determina que os jovens aprendizes ocupem de 5% a 15% do quadro de funcionários de empresas de médio e grande porte.

Em linhas gerais, para entrar no programa é preciso ter entre 14 e 24 anos e estar cursando ou já ter concluído o ensino médio. Quem está cursando o ensino superior também pode participar. No entanto, é importante ficar de olho nas condições impostas pela empresa, que podem ser um pouco mais restritivas em relação à idade. Este é o caso do Programa Jovem Aprendiz do Itaú, em que a seleção tem foco nos jovens de 16 a 21 anos – sendo que somente maiores de 18 anos podem atuar nas agências.

E para ser selecionado(a), é preciso passar por um processo seletivo semelhante às vagas efetivas: triagem e análise de currículos, entrevistas com a equipe de recrutamento e gestores do banco. A carga horária é de 21h semanais (meio período para que os jovens consigam conciliar trabalho e estudos) e a remuneração é de um salário mínimo. O contrato de trabalho pode durar até 2 anos.

Participe de programas de estágio durante a graduação

Os estudantes, independente da sua idade, podem também participar de programas de estágio em áreas correlatas à sua formação dentro de bancos privados.

O estágio educativo supervisionado (Lei Federal nº 11.788/2008) tem como objetivo preparar os estudantes para o trabalho produtivo. Segundo a lei, o número de vagas de estágio deve ser proporcional a quantidade de funcionários efetivos na empresa. No caso dos bancos privados, eles se encaixam no critério de empresa que tem acima de 25 funcionários, em que os estagiários podem representar até 20% do seu quadro de funcionários.

Considerando que os principais bancos privados do país são empresas de grande porte, com mais de 10 mil funcionários, as oportunidades para estagiários são muitas.

Por ter que conciliar o trabalho e os estudos, o estudante também não pode cumprir uma jornada integral, mas cumprir uma jornada de 4 horas diárias (totalizando 20h semanais) ou 6h diárias (30h semanais). E como forma de compensação, o estagiário recebe uma bolsa de remuneração mensal, condizente com a área de atuação e a quantidade de horas trabalhadas. E o contrato de trabalho pode durar até 2 anos.

Há também programas de trainee para recém-formados

Outro programa bastante presente nos bancos privados brasileiro é o focado na contratação de trainees. Nele, profissionais prestes a se formarem ou recém-formados passam por uma série de treinamentos, mentorias com executivos do banco e atuam em projetos de diversas áreas e/ou departamentos da empresa.

A ideia é desenvolver os profissionais para atuarem em alta performance. Em geral, esse processo tem duração de 1 a 2 anos com a expectativa de que aquele profissional deixe a função de trainee para ocupar um cargo de gestão inicial. Sendo assim, ao final do programa, o trainee não precisa passar por cargos de nível analista, que costumam ser a porta de entrada do mundo corporativo para jovens profissionais.

Aqui, vale dizer que, diferente do programa Jovem Aprendiz ou do Estágio remunerado, o programa de trainee não possui regulamentação. Portanto, as empresas podem criar ou não um programa próprio e determinar todos os seus detalhes, desde a duração, quais áreas contempladas, quais as formações e habilidades desejadas, a remuneração e benefícios oferecidos.

Dicas para se destacar nos processos seletivos e conseguir uma boa posição em banco privado

  • Aprenda novas línguas: saber se comunicar em outros idiomas é um pré-requisito na maior parte das vagas no mundo corporativo (principalmente o financeiro). O inglês é o idioma estrangeiro mais pedido por ser o mais falado no mundo corporativo. O espanhol vem em seguida tanto pelo número de falantes quanto pela nossa posição geográfica (afinal, somos vizinhos de países falantes de espanhol).
  • Desenvolva habilidades técnicas: é quase impossível encontrar um processo seletivo que não requer que os profissionais já tenham alguns conhecimentos para atuar na vaga. Sendo assim, é importante desenvolver nessas habilidades técnicas na área para não correr o risco de uma eliminação ainda no início do processo seletivo.
  • … e aprimore as habilidades comportamentais: atualmente as habilidades relacionadas à forma como nos relacionamos com nossos colegas e nossas tarefas e responsabilidades tem um grande peso na seleção. Trabalho em equipe, gestão de tempo, raciocínio lógico, boa comunicação… essas são algumas habilidades comportamentais mais valorizadas pelos empregadores atualmente.
  • Prepare-se para todas as etapas do processo seletivo: não adianta ter o currículo perfeito para uma vaga se você não consegue se apresentar nas entrevistas. Embora não exista um roteiro único de entrevista, não dá para negar que ela quase sempre segue uma estrutura muito similar, o que é muito bom para o candidato. Pois assim é possível se preparar para o que está por vir, não deixar que o nervosismo te desconcentre e passar uma boa imagem profissional.